15/11/2009

Um castelo é uma estrutura arquitectónica de fortificação, com funções defensiva e residencial. De tipo permanente, era geralmente erguido em posição dominante no terreno, próximo a vias de comunicação (terrestres, fluviais ou marítimas), o que facilitava o registo visual das forças inimigas e as comunicações a grandes distâncias

História

Embora sejam popularmente associados à Idade Média europeia, estruturas com funções semelhantes vêm sendo empregadas desde a Idade da Pedra por todo o planeta. Como exemplos mais recentes temos os castelos do Japão e as fortificações dos Incas.

Antecedentes na Europa

As origens mais remotas dos castelos no continente europeu são os castros* proto-históricos, que à época da expansão romana evoluíram para um reduto ("castellum"), dominado por uma torre de vigilância, cercado por um fosso ("fossa") e por uma muralha ("vallum").

Os castelos medievais europeus


Os castelos, em sua concepção clássica, começaram a surgir no século IX, quer em resposta às incursões Normandas e Magiares ao Norte e ao Centro, quer às lutas da Reconquista cristã na península Ibérica, mas de forma geral como uma manifestação do poder político descentralizado dos senhores feudais. Do século IX ao século XV, milhares de castelos foram erguidos pelo continente. Durante este período os senhores feudais eram a lei e as suas torres, e depois castelos, a garantia da segurança e da ordem para as populações locais, as suas colheitas e o seu gado. Essa situação manteve-se até ao surgimento da artilharia.


Castelo de Almourol (Portugal), exemplo típico da arquitectura medieval europeia.



Os castelos na Península Ibérica

Na península Ibérica, diversos castelos estão erguidos sobre os vestígios de castros pré-romanos, em locais sucessivamente ocupados até à época da invasão islâmica. Quando da Reconquista cristã, foram aproveitadas muitas dessas fortificações, que foram alargadas e reforçadas: aí residia uma população escassa, habitando a restante nos campos vizinhos e só recolhendo ao castelo em caso de ataque. O castelo constituía-se na sede de um julgado e gozava de certos privilégios.

A estrutura arquitectónica do castelo sofre uma mutação ao longo dos tempos e Portugal não é excepção. Em meados do século XIV assistimos a uma difusão excessiva por parte de exércitos beligerantes de armas de fogos, tornando-se necessário efectuar modificações nos castelos, que, embora já desde D. Fernando utilizassem trons (Tipo de arma de fogo primitiva), e tivessem sofrido já adaptações no sentido de comportar armas de fogo, considera-se agora essencial criar um novo espaço defensivo, a fortaleza... É o dealbar dos tempos modernos que se aproxima e que virá a levar ao abandono da maioria dos castelos no território português.